JOHN BIRKS “DIZZY” GILLESPIE

Nascimento: 21/10/ 1917, em Cheraw, Carolina do Sul

Falecimento: 06/01/1993 ,Englewood, New Jersey

 

Dizzy começou seus estudos de trompete e piano no Instituto de Laurimburg, onde ganhou uma bolsa de estudos. Influenciado inicialmente pela música de Roy Eldridge, o melhor e mais rápido trompetista dos anos trinta, Dizzy começou imitando sua técnica e fraseados. Com a saída de Eldridge da banda de swing de Teddy Hill em 1937, Dizzy é convidado a substitui-lo e lá faz suas primeiras tournées, inclusive pela Europa, e também gravações.

 

Em 1939 é convidado para entrar na banda do vocalista e bandleader Cab Calloway, que iria fazer uma grande temporada no Cotton Club, substituindo Duke Ellington. Mas Dizzy tinha um espírito muito livre e brincalhão e suas desavenças com Cab terminaram na sua demissão. Dizzy já estava com umas idéias avançadas para a época, e suas inclinações musicais levaram-no para os pequenos clubes de Nova York, onde novas idéias estavam sendo desenvolvidas. Na verdade os grandes instrumentistas da época estavam cansados de tocar swing, pois a maioria das bandas tinha os arranjos todos escritos e muito pouco espaço para improvisação. Em Nova York havia um bar alternativo chamado Minton’s Playhouse, onde músicos se reuniam para tocar a noite inteira o que bem queriam. A banda da casa era formada por Dizzy no trompete, Thelonius Monk no piano e Kenny Clarke na bateria.

 

Havia outro bar no Harlem que tinha espaço para canjas e novas experiência sonoras no Jazz: era o Monroe’s Uptown House. Lá, Kenny Clarke ficou fascinado ao ver o jovem saxofonista Charlie Parker tocar, e o levou para o Minton’s Playhouse e juntos, Dizzy, Bird, Klook (apelido de Clarke) e Monk trataram de reinventar o Jazz com o Bebop. Na verdade eles não inventaram o Bebop sozinhos: o pianista Art Tatum e o saxofonista Coleman Hawkins há muito tempo vinham fazendo algo parecido.

 

Nessa época, Dizzy e Parker gravaram vários discos que são considerados as maiores pérolas do Bebop. Vários músicos famosos começaram a freqüentar o Minton’s, como Lester Young, Coleman Hawkins, Don Byas, Art Tatum, Roy Eldridge, Bud Powel, Max Roach entre outros. Várias bandas e gravações foram derivadas desses encontros. O Bebop transformou o Jazz, que deixou de ser uma música dançante para ser exclusivamente apreciada e ouvida. Muitos músicos (Louis Armstrong) e críticos não aceitaram esse novo estilo no Jazz e começaram a critica-lo. Grande parte do público também não entendia essa nova música, e o jazz tradicional de New Orleans ganha força novamente.

 

Dizzy e Parker fazem uma tournée bem sucedida pela Costa Oeste, e Parker resolve ficar por lá. Dizzy, ao retornar para Nova York, monta a sua segunda e mais importante grande orquestra (a primeira tinha durado apenas alguns meses em 1945). Com seu virtuosismo e um brilhante trabalho de conjunto, atrelado a vocais cômicos e solos pirotécnicos do trompetista, Dizzy chega a um grande sucesso e coloca definitivamente o Bebop como um grande estilo Jazzístico. Dizzy também foi o primeiro a mesclar os ritmos latinos ao Jazz, ao contratar o percussionista cubano Chano Pozo, e ao gravar os famosos standards, “Manteca”, “Cubano Be” e “Cubano Bop”.

“Nos anos cinqüenta ele dirigiu, por um curto período, um pequeno grupo, mas foi em seguida convidado pelo Ministério das Relações Exteriores do seu país a organizar uma nova orquestra para a primeira tournée oficialmente financiada pelo governo para divulgar o Jazz no exterior, a qual durou dois anos. Após o retorno, montou vários trabalhos com pequenos combos (quartetos ou quintetos), o melhor deles com James Moody na flauta e saxofones. Houve alguns projetos especiais, dentre eles uma grande orquestra reunindo músicos de vários paises, com a qual ele realizou uma tournée pouco antes de sua morte”.

 

Sua Técnica:

Gillespie foi o grande trompetista da década de quarenta, quando foram registradas suas melhores gravações ao lado de Parker ou com seus próprios grupos. Entretanto, seu ponto alto como trompetista foi nas décadas de cinqüenta e sessenta, quando conseguiu equilibrar seu som (que era bastante estridente) com sua técnica.

 

Ele tinha um alcance de registro bastante alto e inventou síncopes que ainda não tinham sido usadas no Jazz. Suas frases foram influência e tornaram-se licks de vários trompetistas da época como, Redf Rodney, Miles Davis, Benny Harris, Fats Navarro e outros músicos como guitarristas, pianistas, saxofonistas, etc..

 

Como compositor, Dizzy também fez grandes contribuições para o Jazz moderno, como Birks Works, A Night in Tunisia, Groovin’ High, Salt Peanuts, Com Alma, entre outras.

 

Contribuições para o Jazz:

  • Por sua técnica no trompete: velocidade, agilidade e o alto alcance de registro

  • Pela forma de suas composições (várias viraram standards do Jazz)

  • Por ter feito a fusão do Jazz com a música latina, originando o Latin Jazz

  • Pelo novo vocabulário de frases melódicas e rítmicas

 

Principais Discos:

  • Groovin’ High

  • Big Band In Concert

  • Birks Works

  • Gillespiana / Carnegie Hall Concert

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